CURIOSIDADES:
A glândula pineal era mais conhecida como a glândula misteriosa ou vestigial até recentemente, isto porque se desconhecia a maioria de suas funções. No entanto, sabe-se hoje que ela é elemento chave na manutenção da regulação endócrina (eqüilíbrio hormonal), integridade do sistema imune e do balanço diário metabólico conhecido como rítmo circadiano. A pineal é também a primeira glândula do corpo a ser formada ainda na fase embrionária, e é bem distinguível ao redor da terceira semana após a concepção.
A Melatonina
é o principal hormônio produzido pela pineal, tendo sido descoberta por Lerner
em 1958. Virtualmente, cada organismo vivo, desde uma simples ameba ao homem,
produz melatonina e
também é produzida em outros tecidos além da glândula pineal, por exemplo, na
retina e no intestino grosso aparentemente como em resposta a diversos tipos de
alimentos que comemos. Felizmente, é possível obter-se este hormônio para suplementá-lo
se estiver em déficit, ou em doenças que atualmente têm se evidenciado por
inúmeros trabalhos editados pela literatura médica mundial, situações como
alguns tipos de depressões, câncer, problemas decorrentes de sazonalidade (ex.
na depressão do inverno prolongado, no processo reprodutivo, hibernação- quando
há menos luz durante os dias de inverno de certas regiões da terra,
principalmente no outono, por algum tempo, a produção de melatonina aumenta
automaticamente, ajudando o sono da hibernação a manter-se constante, imigração
e, a tendência ao ganho de peso durante o outono e inverno pode ser em parte
explicado pela flutuação sazonal da melatonina e outros hormônios), o jet-lag, o alcoolismo, na
droga-adição, aterosclerose e, entre outras muitas doenças, as decorrentes do
excesso de radicais livres que geram o "estresse oxidativo" e o
envelhecimento celular. Há várias décadas a melatonina tem sido usada como tratamento nos
distúrbios do sono, tais como a insônia e a apnéia do sono.
A glândula pineal funciona como um "relógio
biológico" quando secreta a melatonina,
em conjunto com muitos outros neuropeptídeos, à noite. Sabe-se que os níveis
séricos de melatonina
estão dez vezes mais aumentados à noite que durante o dia. Dados como estes,
levaram cientistas a concluir que a produção deste hormônio sinaliza o
organismo para o descanso do corpo e que já é tempo de dormir. Pessoas jovens e
idosas têm picos de produção noturna em horários diferentes, os jovens têm os
níveis de produção em pico às duas horas da manhã se estão em boas condições de
saúde, já o idoso, se em idênticas condições de saúde, apresenta seu pico em
torno de três horas da manhã. E a quantidade máxima de liberação sérica de melatonina nos idosos
corresponde somente à metade dos jovens.
Os níveis de melatonina são baixos durante o dia. Ao escurecer, com a
diminuição da luminosidade há desencadeamento de sinais neuronais que estimulam
a pineal ao início da liberação da melatonina
que se intensifica num crescendo atingindo, então, o pico máximo às duas horas
da manhã no jovem e às três no idoso, quando começa a declinar até o mínimo,
coincidindo com o amanhecer. O retardo da cronometragem e o decréscimo no pulso
da melatonina são
manifestações do processo de envelhecimento. Os pulsos de melatonina regulam muitas
funções neuro-endócrinas; quando o cronômetro ou a intensidade de atingir o
pico máximo de liberação é interrompido (como no estresse, envelhecimento,
jet-lag ou síndromes semelhantes ao jet-lag), muitas funções fisiológicas e
mentais ficarão afetadas, por exemplo, a habilidade de pensar claramente,
lembrar de dados-chave e tomadas de decisões poderão estar profundamente
afetadas por este defeito do "relógio biológico".
Nas crianças a pineal é muito pequena ainda e como está
em desenvolvimento pode secretar muito e talvez seja esta uma das explicações
sobre o sono imprevisível das crianças. A melhor produção da melatonina se dá na
adolescência e no adulto jovem, começando a decair após os trinta ou quarenta
anos e na idade de setenta ou oitenta anos a secreção do hormônio está
severamente diminuída; recentes estudos demonstraram que os níveis de melatonina na mulher, por ser
ela mais sensível às mudanças sazonais da luz que os homens, no outono e
inverno, está mais exposta aos distúrbios sazonais psíquicos, ganho de peso, do
que no verão. Porém o suplemento hormonal tanto no homem quanto na mulher é
igual: decresce e torna-se semelhante em perdas lá pela mesma idade.
A
melatonina que é
designada quimicamente N-acetil-5-metoxiserotonina, é derivada do aminoácido
essencial triptofano, retirado da dieta (encontrado em alimentos altamente
protéicos, especialmente nos grãos, sementes e leguminosas) pelo organismo,
incapaz de sintetizá-lo e que tem atividade fundamental na produção dos
próprios hormônios (exemplo: melatonina),
tanto quanto como ingredientes primários na constituição de músculos, ossos e
muitos outros tecidos. Uma vez ingerido, o triptofano é convertido à forma
química de serotonina e posteriormente à melatonina pela glândula pineal sob certas
condições ambientais e sinais químicos a partir do cérebro. A serotonina por si
só, já é um poderoso neurotransmissor.
Já
que produzimos a melatonina
na pineal a partir do triptofano extraído da alimentação por que certas pessoas
necessitam de suplementação exógena?
Existem duas razões. Primeiro, porque nossos níveis
naturais deste hormônio essencial podem, por motivos ainda não bem entendidos
bioquimicamente, estar diminuídos; a pineal pode, por motivos ainda não esclarecidos,
começar a reduzir de tamanho e não secretar bem, mesmo na juventude. Segundo, o
mundo moderno e o "progresso" trazem estilos de vida que podem
determinar a diminuição da quantidade de melatonina natural do organismo. Esta supressão
ou diminuição pode ocorrer por duas vias. Na primeira, a sociedade moderna está
cada vez mais vivendo num mundo desprovido de rítmos regulares de claro e
escuro: círculos de luzes artificiais até nos relógios para enxergarmos o
horário no escuro do quarto, estimulantes visuais, especialmente a televisão,
empregos que podem destruir funções orgânicas e arruinar o sistema hormonal. Na
segunda, substâncias sabidamente produtoras de radicais livres podem destruir
ambas, a própria melatonina
e as células da glândula pineal, diminuindo a quantidade de melatonina sérica.
De fato, um grande número de fatores dietéticos e
ambientais podem produzir um impacto negativo na produção de melatonina, tendo sido já
identificados. O álcool e o consumo de cafeína, a exposição às radiações e aos
campos magnéticos, distúrbios do sono ocasionados por excesso de trabalho noite
adentro e uma resistência ao rítmo natural do organismo, todos podem contribuir
ou aumentar a necessidade de quantidades extras de melatonina.
QUAIS A FUNÇÕES DA MELATONINA NO ORGANISMO?
A
melatonina afeta diversas
inúmeras funções orgânicas:
1.
Age como um potente hormônio-regulador.
2.
Age como um poderoso antioxidante.
3.
Age
no sistema imune como estimulador potente.
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